A calibração de um termómetro é feita colocando esse termómetro a diversas temperaturas bem conhecidas e registando as indicações.

O tipo de equipamento a utilizar para a calibração é determinado pelo grau de precisão exigido. Assim, se for exigida uma precisão elevada será necessário recorrer a padrões primários que reproduzam os pontos da Escala Internacional de Temperaturas (ITS), enquanto que para uma calibração de rotina num laboratório de uma indústria será suficiente a utilização de calibradores que utilizem banhos com controlo de temperatura. Em qualquer dos casos é importante a elaboração de um documento que certifique qual foi o tipo de calibração efectuada e a data em que foi feita.

Como padrões primários temos as células que replicam os pontos fixo da ITS, banhos de calibração de temperatura controlada e termómetros de precisão. A calibração pode ser efectuada quer nos pontos fixos da ITS quer em pontos intermédios.

As células mais comumente usadas para replicar os pontos fixos são as que se indicam na tabela seguinte

Ponto fixo
Temperatura (ºC)
Incerteza (ºC)
Repetibilidade (ºC)
Triplo da água
0.01
0.0002
0.00005
Fusão do gálio
29.7946
0.0004
0.0001
Solidificação do índio
156.5985
0.001
0.0003
Solidificação do estanho
231.928
0.0014
0.0004
Solidificação do zinco
419.527
0.0016
0.0004
Solidificação do alumínio
660.323
0.005
0.001
Solidificação da prata
961.78
0.007
0.002
Solidificação do cobre
1084.62
0.015
0.004

Os materiais utilizados nestas células são de pureza muito elevada, devendo ser exactamente conhecido o valor da pressão a que se encontram. As estufas de controlo da temperatura destas células devem ter um valor de perdas por radiação muito baixo e um sistema de controlo de temperatura muito rigoroso.

Como termómetros de precisão utilizam-se termoresistências de precisão para variadas gamas de temperatura. Estes termómetros são constituídos por uma resistência eléctrica, de platina, protegida por um tubo de quartzo.