O tubo de Pitot, ao contrário do Venturi e do orifício, não determina uma velocidade média, mas sim uma velocidade pontual. Para determinar a velocidade de pressão, é necessário eliminar total e pontualmente o efeito do fluido em movimento. Isto é feito, normalmente, com um tubo de impacto virado directamente para a corrente de ar. Este tipo de sensor é normalmente designado por acumulador de pressão total, uma vez que recebe efeitos simultâneos da pressão estática e da velocidade de pressão.

Ao se introduzir um tubo aberto numa extremidade da corrente de fluido com a abertura orientada na mesma direcção de modo a que o ar circule na direcção oposta à do fluido, este vai embater no tubo e pára, convertendo-se a sua energia cinética em energia de pressão, sendo esta superior à pressão estática. Esta conversão nem sempre é completa, já que por vezes certas porções de fluido se desviam ao chocar com o tubo de Pitot.

Deve-se pois efectuar uma correcção introduzindo um coeficiente de tubo de Pitot (c) ao se calcular a velocidade, para que esta ao ser calculada a partir do desnível do manómetro coincida com a real, usando a seguinte correlação

Essa diferença de velocidades depende da forma do tubo de Pitot. Na figura observa-se os modos de medir os diferentes tipos de pressão. Existem diversos tipos de tubo de Pitot, consoante a posição das tomadas de pressão:

Este último, o mais utilizado para gases, é constituído por um tubo interior (onde é detectada a pressão total), que por sua vez é envolvido por um tubo exterior, onde existem uns orifícios por onde a pressão estática é transmitida ao espaço anelar entre os dois tubos.

Quando o tubo onde se mede a pressão total está ligado directamente à parte de alta pressão do manómetro, a velocidade de pressão é medida directamente, como se pode constatar na seguinte figura

De modo a determinar o caudal torna-se necessário relacionar a velocidade pontual, medida na extremidade do tubo, com a velocidade média, o que requer cálculos matemáticos utilizando tabelas, curvas, ou curvas de calibração do manómetro onde se encontra uma relação directa com a velocidade. Sendo o caudal medido com base na diferença entre a medição da pressão no tubo (soma das pressões estática e dinâmica) e do orifício existente na conduta, onde é medida apenas a pressão estática.