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INTEGRAÇÃO APROXIMADA DA EQUAÇÃO DE CLAPEYRON-CLAUSIUS (MÉTODO GERAL) | |||
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A equação de Clapeyron-Clausius aplicada à curva de vaporização
onde D H designa a entalpia de vaporização e D V a diferença entre os volumes molares do gás e do líquido, pode ser integrada de forma aproximada como se descreve a seguir. O método é devido a Reid et al. (1) e Van Ness e Abbott (2). Tendo em consideração que para o eqilibrio entre as fases líquida e vapor à temperatura T e à pressão P é VG=(RT/P)ZG e VL=(RT/P)ZL onde Z designa o factor de compressibilidade, a substituição na equação de Clapeyron-Clausius origina:
onde
No desenvolvimento anterior a diferença dos factores de compressibilidade é dada por DZ=ZG - ZL.
Embora a variação de W em todo o intervalo de coexistência das fases (desde Ttriplo=63.15 K até Tc= 126.2 K) não excede cerca de 10 %
os valores mostram uma tendência nítida e por isso qualquer equação proposta para representar a pressão de vapor em todo o intervalo deve ser consistente com
o comportamento observado de W.
A - 1,2,3,4 - tetrafluorobenzeno; B - 1,2,3,5 - tetrafluorobenzeno; C - 1,2,4,5 - tetrafluorobenzeno; D - 1,3,5 - triclorotrifluorobenzeno; E, hexafluorobenzeno; F, fluorobenzeno; G - água; H - metanol; J - etanol [Ambrose(3)]. A expressão polinomial mais simples capaz de representar com generalidade o comportamento observado pode ser do tipo
onde B, C, E e m são constantes empíricas.Substituindo a equação (3) na equação (1) obtem-se por integração
onde F= E/n , n=m-1 e A é a constante de integração
Assim:
(i) quando C=E=0 obtem-se
que é a equação de Wrede, por vezes designada por equação de Clausius -Clapeyron; em termos da equação (4) W deve ser constante, independente da temperatura. Consequentemente a equação (5) não pode representar com grande rigor a curva da pressão de vapor em todo o domínio de coexistência L/G.No entanto desde que os coeficientes A e B sejam criteriosamente seleccionados, esta equação não deverá conduzir a valores absurdos para a pressão de vapor. Esta razão aliada ao facto da equação (5) ser analíticamente muito simples (dois parâmetros) leva à sua grande utilização, nas situações em que não se pretende uma representação muito precisa da pressão da vapor. (ii) quando E=0 obtem-se
que é a equação de Rankine-Kirchhoff ;em termos da equação (4) W deverá possuir uma variação linear em função da temperatura. Observando a fig.2, poderá concluir-se
que neste caso se deverá obter uma melhoria na representação da pressão de vapor, melhoria essa que não oferece grandes vantagens sobre a equação (5).
Diferenciando em ordem a 1/T, obtem-se que
A dependência não linear de W relativamente à temperatura faz com que a equação de Antoine seja mais rigorosa que a equação de Rankine-Kirchhoff que tem o mesmo número de coeficientes em intervalos de temperatura equivalentes. Esta situação conjuntamente com a fácil explicitação na temperatura da equação de Antoine foram determinantes na sua grande utilização.
Referências
(2)Van Ness, H. C.; Abbott, M. M. Classical Thermodynamics of Nonelectrolyte Solutions, McGraw-Hill, NY, 1982 (3)Ambrose D., Equations for the correlation and estimation of vapour pressures, NPL Report CHEM 114, August 1980 |
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