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Conclusões |
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Findo este trabalho, há naturalmente
conclusões a retirar.
A primeira é, antes de mais, a conclusão
de que a questão ambiental é complexa de se atacar. São necessários
conhecimentos de diversas áreas para se conseguir a difícil tarefa que
é transpor para “linguagem científica” a problemática que afecta a nossa
qualidade de vida e a qualidade do mundo em que vivemos. Para um caso
de estudo tão simples como a produção de etanol, foi necessário aplicar
o esforço concertado de áreas tão diversas como: optimização, cinética
química, termodinâmica, análise económica, bioquímica, direito ambiental.
Mesmo assim, o sentimento que fica é o de que mais se poderia ter explorado.
Este é de facto um dos grandes problemas
na abordagem à questão ambiental, e será, no futuro, um grande desafio.
Actualmente a profissão mais próxima do conceito de um “cientista do
ambiente” que temos é a profissão do engenheiro do ambiente. Naturalmente,
a formação que este possui não é suficiente para compreender todas as
vertentes da questão ambiental. Em particular, no que diz respeito ao
impacte ambiental de transformações químicas, é necessário o conhecimento
de um engenheiro químico. Estamos então perante um grande potencial
para desenvolver a engenharia química de hoje.
Das próximas décadas, espera-se não
só que várias áreas de conhecimento (engª química, electrotécnica, mecânica,
civil, bioquímica, sociologia, psicologia, medicina, farmácia, economia,
direito, etc) se reunam para dar uma visão integrada e mais precisa
dos problemas ambientais, mas espera-se também que esta melhor compreensão
se traduza em ferramentas que permitam preveni-los ou resolvê-los.
E se as ferramentas vão aparecendo
com alguma frequência, a falta de dados é grande. Os índices PEI de
impacte ambiental potencial são um bom exemplo de como se pode obter
resultados e chegar a conclusões mais sólidas pelo esforço da quantificação.
Um dos possíveis temas para investigação futura é o desenvolvimento
de modelos de impacte ambiental baseados em contribuição de grupos.
O case study deste trabalho tem uma
virtude a realçar. E esta virtude é que ele além de mostrar as potencialidades
da aplicação de ferramentas quantificativas, vem esclarecer uma falha
muito importante: olhar apenas para a etapa da transformação química
é insuficiente. Há que enquadrar os processos no seu cilo de vida. Independentemente
de as matérias serem mais ou menos económicas, mais ou menos ambientais,
o facto chave na comparação destes 3 processos é a diferença de origem
das matérias. No caso da fermentação, considera-se que as matérias provêm
de fontes renováveis (fontes agrícolas). E este é o factor determinante
que permite afirmar que o processo fermentativo é o melhor ambientalmente.
E normalmente este é também o factor que determina apoios e incentivos
financeiros da parte das entidades governativas.
A metodologia que foi apresentada neste
trabalho pretende ser uma pequena proposta de ferramenta a usar numa
fase de projecto de processo que é muitas vezes esquecida: a fase inicial
de selecção de uma via reaccional. As principais ideias que se retiram
são: a valorização ambiental (i.e., o desempenho ambiental positivo)
pode ser um critério para se decidir qual o melhor solução do ponto
de vista ambiental. Contudo, é também relevante considerar o impacte
ambiental das substâncias envolvidas na reacção, não no capítulo ambiental,
mas especificamente no capítulo do risco.
Quando são necessárias soluções de compromisso, pode recorrer-se a um
desempenho combinado que pondere o factor económico e o ambiental.
E para concluir este trabalho, é importante
referir a importância do factor bom
senso na abordagem da problemática ambiental. Um caso nos E.U.A.
tornou-se paradigmático:
E se é dever das pessoas estarem esclarecidas
no que respeita o ambiente, para que tomem decisões em consciência,
é também seu direito ser-lhes facultada a informação necessária para
que o façam.
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Findo este trabalho, há também agradecimentos
a fazer.
Pela orientação prestada e pelas condições
de trabalho que garantiram, ao Prof. Doutor Pedro Saraiva e à Prof.ª
Doutora Cristina Gaudêncio. Agradeço e elogio a eles também o tema de
Seminário que lançaram – novo, actual, e oportuno.
Agradeço ainda o precioso apoio técnico
de quem sabe mais: o Prof. Doutor Nuno Oliveira, a Doutora Inês Horta
Pinto, a Eng.ª Dulce Silva, o Eng. Filipe Neves, o Eng. Marco Saraiva,
o Marco Oliveira, a Victória Alvarez, e a Yolanda Assunção.
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[
Custos e Impactes Ambientais no Projecto de Processos Químicos ]
[
Âmbito do Trabalho ]
[ Enquadramento da Questão Ambiental ]
[ Indicadores para Análise Ambiental ]
[
Ferramentas para Análise Ambiental de Processos Químicos
] [ Projecto de Caminhos
Reaccionais ]
[
CASE STUDY - Produção de Etanol ]
[ Conclusões ]
[ Nomenclatura ]